Nos EUA, as negociações comerciais com a China seguem em compasso de espera e sem um desfecho claro, tanto na data da conclusão como nos temas principais.
Do lado da atividade, a economia continua com crescimento robusto, registrando crescimento de 3,2% no 1º trimestre. As expectativas para o 2º trimestre é de uma aceleração do Consumo, que já pode ser observada nos dados das vendas de varejo. Os próximos passos são de observar os níveis de inflação, pois até o momento esse ritmo de crescimento econômico não tem se traduzido em inflação significativamente mais alta.
Na Zona do Euro, o PIB do 1º trimestre mostrou uma expansão de 0,4% contra o trimestre anterior, diminuindo a apreensão quanto a uma recessão em 2019. Porém, essa melhora ainda se mostra frágil. Além disso, a inflação na região tem se estabilizado em patamares abaixo da meta do Banco Central Europeu, levando a uma cautela da autoridade monetária.
E, por fim, o adiamento do Brexit por pelo menos 6 meses foi uma boa notícia, já que posterga um risco relevante do radar de curto prazo.
Na China, do ponto de vista de atividade, os dados finalmente mostraram uma melhora mais convincente. Dessa maneira, o risco de uma desaceleração desordenada da economia chinesa começa a sair do radar.
Espera-se que o crescimento da China permaneça fraco até o segundo semestre do ano, quando as medidas de estímulo devem começar a surtir efeito.
No Brasil, os destaques ficaram marcados pelas dificuldades encontradas no Congresso brasileiro. A batalha da Reforma da Previdência teve por fim um desfecho na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, com a aprovação da proposta do governo com pequenas alterações, mas o processo em si foi bastante conturbado. O próximo passo é o início da tramitação na Comissão Especial.
No entanto, a dificuldade de comunicação e articulação com os políticos parece fator intrínseco ao novo governo, que busca uma nova maneira de se relacionar com o Legislativo. Com isso, apesar de algumas tentativas de aproximação e negociação, o cenário permanece de aprovação da proposta no plenário da Câmara em agosto.
Sobre as perspectivas para atividade na região, a última pesquisa Focus, de 10 de maio, teve como destaque a nova redução das projeções para o PIB de 2019. A mediana das estimativas do mercado para o PIB do ano foi reduzida pela décima primeira semana consecutiva, de 1,49% para 1,45%, enquanto a mediana para 2020 continuou em 2,50%.
Os resultados das principais pesquisas de atividade econômica reforçam os sinais do baixo crescimento no início deste ano. O panorama de vagarosidade na recuperação era esperado, embora os sinais recentes sinalizem dinamismo ainda inferior ao esperado.