Como muitas organizações já reconheceram, diversidade, equidade e inclusão (DEI) estão intrinsecamente ligadas à saúde e ao bem-estar. A diversidade de comunidades dentro de uma força de trabalho e o reconhecimento de suas diferentes necessidades de saúde levaram à demanda de uma abordagem mais segmentada na estratégia de saúde e bem-estar.
A COVID-19, em particular, destacou as muitas desigualdades em saúde no trabalho e na sociedade em geral, e é preocupante o quanto elas aumentaram. Muitos colaboradores LGBTQ+ sofreram uma grande deterioração na saúde e no bem-estar durante a pandemia, com mais de um em cada três relatando que a COVID-19 teve um impacto negativo sobre eles.
À medida em que se retomam os eventos anuais do PRIDE (ORGULHO) após a COVID-19, este é o momento perfeito para as organizações promoverem o apoio que oferecem aos colaboradores LGBTQ+. No entanto, os colaboradores poderiam fazer mais? Sim, de acordo com as últimas constatações do Health on Demand report (Relatório Saúde sob Demanda) da MMB.
Os desafios da saúde mental quase se tornaram uma pandemia em si, com três em cada 10 colaboradores LGBTQ+ dizendo que estão “extremamente” ou “altamente” estressados no dia-a-dia, em comparação com menos de dois em cada 10 daqueles que não se identificam como LGBTQ+, de acordo com o relatório Saúde sob Demanda.
Um número surpreendentemente alto de colaboradores LGBTQ+ – um em cada 10 – também relata que sua saúde “não está boa” ou “está ruim”, em comparação com um em cada 16 colaboradores que não se identificam como LGBTQ+.
Inevitavelmente, essas desigualdades de saúde e bem-estar se refletem no local de trabalho.
Enquanto mais de dois terços da força de trabalho que não se identifica como LGBTQ+ dizem que estão altamente energizados no trabalho diariamente, isso cai para pouco mais da metade dos funcionários LGBTQ+.
Os colaboradores podem desempenhar um papel vital na redução dessa disparidade. No entanto, apenas dois em cada cinco colaboradores LGBTQ+ classificaram o apoio de seu empregador durante a pandemia como “bom” ou “muito bom”, ou seja, muitas organizações precisam de uma nova estratégia de equidade em saúde.
A primeira etapa é coletar dados (quando permitido por lei) para descobrir como era o desempenho da sua organização antes da COVID-19. Seus colaboradores LGBTQ+ acreditam que são tão bem apoiados quanto os demais? E do que os colaboradores LGBTQ+ precisam e valorizam?
Fonte: Relatório Saúde sob Demanda, Mercer Marsh Benefísios
Os colaboradores LGBTQ+ podem ter necessidades diferentes – e adicionais – de outros colaboradores, por isso recomendamos que as organizações revisem as práticas no local de trabalho e as suas ofertas de benefícios.
O próximo passo é elaborar uma nova estratégia de equidade em saúde. Além das principais métricas, prazos e responsabilidades, garanta que haja treinamento abrangente para incorporar novas políticas.
Abordar décadas de desigualdade na saúde não acontecerá da noite para o dia. Mas ainda é importante mensurar o progresso e descobrir o que funciona e o que não funciona.
Promova as iniciativas em andamento para proporcionar benefícios iguais, justos e acessíveis a todos os colaboradores, independentemente da identidade ou orientação.
Lembre-se de que a comunicação deve ser bilateral: é importante que os colaboradores sejam ouvidos — por exemplo, por meio de redes internas.
Combater a desigualdade de saúde e bem-estar é apenas uma parte de ser um local de trabalho LGBTQ+ inclusivo – e, como tal, qualquer revisão deve ser parte de um processo contínuo de melhoria da cultura de sua organização, não apenas um exercício pontual para celebrar o ORGULHO.